A Vila de Óbidos é um daqueles lugares que mais parece cenário de filme da época medieval, cercada por muralhas bem conservadas, ruas de pedras, castelo e outras preciosidades cheias de história.
Vila de Óbidos, Nazaré e Mosteiro de Alcobaça
Neste dia, fomos conhecer 3 cidades próximas à Lisboa e que recomendamos um bate-e-volta. Saímos de Lisboa, pegamos a rodovia A8 e, depois de 84 km percorridos em aproximadamente 1 hora, fizemos nossa primeira parada em Óbidos. Este lugar tem charme único de cidade pequena, colorida e com flores nas janelas das casinhas, belas vistas do alto das muralhas do século XIV e um castelo de origem romana.
Vila de Óbidos – Muralhas
Assim que adentramos as muralhas da Vila de Óbidos, procuramos por uma escada mais próxima para que pudéssemos subir nas muralhas e caminhar por elas. Caminhar pelas muralhas proporciona belas vistas, tanto da região como da vila. Da vista panorâmica, vale destacar o Aqueduto da Usseira, também conhecido como Aqueduto de Óbidos. Todo em alvenaria de pedra, ligava Usseira, onde se situava o manancial de água, a Óbidos, numa distância de 3 km.
Vila de Óbidos – Ruas
Depois de aproximadamente uma hora caminhando pelas muralhas, descemos para a Vila de Óbidos. Ficamos caminhando por suas ruas de paralelepípedos, cheias de casinhas brancas, igrejas, restaurantes, lojinhas de artesanato e várias bancas com venda de ginja de Óbidos, a tradicional bebida da cidade.
Vila de Óbidos – Castelo
No final da caminhada, chegamos ao Castelo de Óbidos. O charme da vila medieval, além da muralha, está no castelo cuja data de construção é incerta, mas considerada por volta de 1153. Atualmente, a edificação está completamente restaurada e abriga um hotel da rede Pestana e, por isso, tem o seu interior fechado para visitas.
Nazaré
Depois desta volta ao tempo, retornamos para a estrada. Saímos de Óbidos, pegamos as rodovias A8 e N8-5 e, depois de 40 km percorridos em aproximadamente 30 minutos, chegamos à Nazaré, a “Cidade das Maiores Ondas do Mundo”.
Forte de São Miguel Arcanjo
Paramos o carro num estacionamento próximo ao Forte de São Miguel Arcanjo e fomos conhecer o lugar. Com uma localização privilegiada, o forte é um monumento que se tornou no principal posto de observação das ondas gigantes na Praia do Norte, que tornaram Nazaré uma referência do surf mundial.
O Forte de São Miguel Arcanjo abriga o Centro Interpretativo do Canhão da Nazaré que contém informação científica, com a monitorização e previsão das condições oceanográficas e meteorológicas, uma maquete do canhão da Nazaré, imagens e informação sobre o submarino alemão U-963 afundado ali próximo. Entramos no forte e adoramos a exposição, principalmente as diversas pranchas dos brasileiros que ali surfaram as ondas gigantes.
Depois de visitarmos o forte, pegamos o carro e paramos no Largo de Nossa Senhora de Nazaré para comprar algumas lembrancinhas. Enquanto Bete e Juliana foram às compras, fui dar uma volta para tirar mais fotos.
Nazaré é um lugar encantador, com suas lindas praias e ambiente acolhedor, pena que não fomos na época das ondas gigantes, mas mesmo assim, a visita foi além das expectativas.
Alcobaça
Depois das compras e das fotos em Nazaré, voltamos para a estrada para irmos ao último destino deste dia. Pegamos a rodovia IC9 e, depois de 15 km percorridos em aproximadamente 15 minutos, chegamos em Alcobaça. Chegando lá, fomos direto conhecer o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.
Mosteiro de Alcobaça
O Mosteiro de Alcobaça, também conhecido como Real Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, foi a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português. Foi fundado por iniciativa do primeiro rei, D. Afonso Henriques, e é considerado um dos maiores e mais bem conservados conjuntos abaciais da Ordem de Cister em toda a Europa, tendo sua construção iniciada em 1178. Existe uma visita paga que acessa outras partes do complexo mas decidimos visitar somente a parte gratuita.
Panteão Régio da monarquia portuguesa, o Mosteiro de Alcobaça abriga os túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro, datados do séc. XIV e considerados obras-primas da escultura tumulária europeia. Com um riquíssimo programa decorativo, neles se destacam as representações do Juízo Final, no túmulo de D. Inês, e da Roda da Vida, no túmulo de D. Pedro.
Depois da visita ao mosteiro, fomos procurar um lugar para almoçar. Caminhamos até umas ruas estreitas que ficam bem frente ao mosteiro e sentamos na Garrafaria A Casa, que tinha umas mesas externas e um cardápio bem atrativos.
Depois do almoço, pegamos a estrada para retornarmos para Lisboa. Pegamos a rodovia A8 e, depois de 120 km percorridos em aproximadamente 1h30min, chegamos em Lisboa. À noite, devido ao dia intenso mas proveitoso, resolvemos jantar no apartamento.
Dicas e informações
Informações
- Em 2007, o Castelo de Óbidos foi declarado pelo concurso as Sete Maravilhas de Portugal, o segundo dos sete monumentos mais relevantes do patrimônio arquitetônico português.
- A História dos Cavaleiros Templários: Em 1119, nove cavaleiros cruzados decidiram criar a Ordem Militar e Religiosa dos “Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão”, conhecidos mais tarde como Cavaleiros Templários. A sua missão era proteger os peregrinos de toda a Europa que se deslocavam a visitar os Santos Lugares de Jerusalém. O seu lema era “Obediência, Pobreza e Castidade”. Desenvolveram a sua atividade durante quase dois séculos, tanto na Europa como na Palestina, alcançando um grande poder econômico e militar.
- A origem da expressão “Inês é morta”, que significa “Não adianta mais”: Inês de Castro, filha bastarda de um cavaleiro galego, era amante de D. Pedro, o Severo, antes deste ser rei de Portugal. O romance entre a aia e o príncipe se tornou bastante notório e representava um desconforto para a coroa portuguesa. Depois de muitas idas e vindas, e temendo pela independência de Portugal, D. Afonso IV mandou matar Inês enquanto D. Pedro estava numa excursão de caça. Ao retornar, D. Pedro encontra sua amada Inês morta, o que causou um grande conflito no reino, com pai e filho entrando em guerra. Após se tornar rei, D. Pedro I perseguiu e matou cruelmente dois dos homens responsáveis pela morte da sua amada. Posteriormente, o rei afirmou que casara secretamente com D. Inês de Castro, legitimando os três filhos que teve com ela. D. Pedro I concedeu a Inês de Castro o título póstumo de rainha de Portugal, e gostaria certamente de ter reinado ao lado da amada, mas isso não foi possível, pois “Inês é morta”.
Serviços
- Aluguel de carro
- Valor : R$ 190,00 (diária com seguro incluído)
- Agência: Rentcars
- Pedágios
- Trajeto entre Lisboa e Óbidos
- A8: €5,40 euros
- Trajeto entre Óbidos e Nazaré
- A8: €2,40 euros
- Trajeto entre Alcobaça e Lisboa
- A8 (2,40+5,40): €7,80 euros
- Total Pedágios = €15,60 euros
- Trajeto entre Lisboa e Óbidos
- Forte de São Miguel Arcanjo (Nazaré)
- Entrada: €2 euros