A Ópera Estatal de Viena é a companhia de ópera mais importante e conhecida do mundo, além de ser o centro nervoso da vida musical vienense.
4º dia: Palácio Belvedere, Igreja de São Carlos, Ópera Estatal de Viena, Concerto Palais Schönborn
Como a ideia hoje era visitar diversas atrações, acordamos bem cedo e, depois de tomar um café reforçado, saímos do hotel e fomos caminhando até a estação de trem Wien Praterstern Bahnhof. Lá pegamos um trem da ÖBB e fomos até a estação Wien Quartier Belvedere, trajeto que durou aproximadamente 10 minutos.
Museu de História Militar
Ao sairmos da estação de trem, entramos no Schweizergarten, um belíssimo jardim com muito verde e belas esculturas distribuídas pelo seu amplo terreno. Quando estávamos no meio do caminho, percebemos que tínhamos ido na direção oposta ao do nosso objetivo. Mas foi aí que avistamos uma bela construção imponente, o Museu de História Militar (Heeresgeschichtliches Museum) e resolvemos ir até lá.
É o principal museu das Forças Armadas da Áustria, documentando toda a história dos assuntos militares austríacos. Seu acervo inclui uma das maiores coleções do mundo de canhões de bronze e seu foco está mais direcionado para a história militar austríaca do século XVI até 1945. Achamos um pouco vazio e por isso não entramos, mas parece ser uma visita muito interessante.
Palácio Belvedere
Voltamos então para a estação de trem e, depois de mais 500 metros de caminhada, chegamos ao Palácio Belvedere (Schloss Belvedere). Construído como residência de verão do Príncipe Eugénio de Saboia, este complexo é formado por dois palácios (Belvedere Superior e Belvedere Inferior), unidos por um enorme jardim francês.
O Belvedere Superior, construído entre 1716 e 1723, abriga um acervo artístico incrível em seus luxuosos cômodos, que tem como destaque a capela, o hall de entrada e o Salão de Mármore. Nas exposições deste palácio podemos contemplar as obras de famosos artistas, como Claude Monet, Vincent Van Gogh e Gustav Klimt. Entre as principais obras-primas expostas estão “O Beijo”, de Klimt, e “O Abraço”, de Schiele.
Caminhamos por seu lindo jardim, ornamentado por esculturas e fontes, até chegarmos no Belvedere Inferior. Construído entre 1712 e 1716, exibe exposições de arte barroca austríaca, onde estão expostas obras dos artistas que moldaram Viena durante a Idade de Ouro. Seus aposentos mais importantes são o Salão dos Grotescos, o Salão de Mármore e o Salão dos Espelhos, todos no estilo barroco. Ao lado deste palácio está o Orangery, um elegante edifício que era usado como estufa e que atualmente abriga diferentes exposições temporárias.
Schuwarzenbergplatz
Saímos do palácio e fomos caminhando até a estação de trem por onde chegamos. Lá pegamos um trem até a estação Karlsplatz e depois fomos caminhando até a Schuwarzenbergplatz. Esta grandiosa praça tem como destaque a estátua equestre do marechal de campo austríaco Karl Philipp, príncipe de Schwarzenberg, que lutou nas guerras napoleônicas, e o Memorial de Guerra Soviético, uma colunata semi-circular de mármore branco que parcialmente circunda uma estátua de um soldado do Exército Vermelho e uma bela fonte.
Igreja de São Carlos
Em seguida, fomos conhecer uma das principais atrações de Viena: a Igreja de São Carlos (Karlskirche). Construída pelo imperador Carlos VI entre 1716 e 1739, esta bela igreja é uma das mais importantes igrejas barrocas ao norte dos Alpes. Sua fachada corresponde a um pórtico de um templo grego e as duas colunas laterais, que tem como modelo a Coluna de Trajano de Roma, tem uma decoração em espiral representando cenas da vida de São Carlos Borromeu.
Seu interior é uma obra de arte barroca com uma cúpula gigantesca. Ao olhar para o teto, podemos ver belos frescos pintados na cúpula que representam a apoteose de São Carlos Borromeu. Vale destacar também seu órgão de tubos e seu altar magnífico.
Existe um elevador que conduz o visitante até bem próximo da bela cúpula, a 72 metros de altura, onde é possível ver de perto a riqueza e os detalhes dos afrescos. Visitamos também o Museu Borromeo, com um rico acervo de artigos religiosos.
Ópera Estatal de Viena – Exterior
Saímos da igreja e, depois de nos refrescarmos nos diversos bebedouros espalhados pela cidade no verão, continuamos nossa caminhada. Foi aí que aconteceu uma história interessante: ao chegarmos perto da próxima atração, encontramos um vendedor de eventos bósnio que já tinha nos abordado quando fomos na Catedral de Santo Estevão. Quando nos viu, nos saudou em português e começou a repetir que gostava de nossas novelas e do nosso futebol. Depois de tanto insistir para que comprássemos entradas para um concerto, estávamos quase nos despedindo quando ele voltou e nos ofereceu dois ingressos pelo preço de um. Como uma proposta tentadora dessa não dá para recusar, aceitamos, agradecemos e nos despedimos desta figura bem humorada e marcante.
Ópera Estatal de Viena – Palco
Depois de admirarmos a rica arquitetura de sua fachada, que inclui estátuas e fontes, entramos na Ópera Estatal de Viena (Wiener Staatsoper). Como no verão as óperas e concertos são suspensos, só nos restou fazer a visita guiada ao seu interior.
Ópera Estatal de Viena – Salas e Auditório
A visita durou aproximadamente 40 minutos, onde ouvimos muitos fatos interessantes sobre a história do prédio, sua arquitetura e como uma casa de ópera é administrada. Passamos pelo hall de entrada, subimos a grande escadaria para as salas do estado (salão de chá, salão de mármore, hall de Schwind, salão de Gustav Mahler) até chegarmos ao auditório, onde contemplamos o luxo e a grandeza deste lugar.
Depois do longo dia de atrações, percebemos que ainda não tínhamos comido nada. Ao descermos na estação Stephansplatz, vimos uma lanchonete Ströke e ali pedimos uma comida rápida já que o dia ainda não tinha acabado, pois ainda tínhamos que voltar ao hotel para depois irmos ao concerto.
Concerto no Palais Schönborn
Saímos do hotel, pegamos o metrô na estação Praterstern e descemos na estação Schottentor (3 estações, direção Karlsplatz, linha U2 roxa). Depois de 10 minutos de caminhada, chegamos ao Palais Schönborn-Batthyány onde assistiríamos o concerto. Este palácio, construído em 1699, tem uma impressionante sala de concertos onde excelentes músicos e cantores de ópera se apresentam.
O concerto durou aproximadamente uma hora e 30 minutos. No intervalo, foi servido champanhe e, ao final da apresentação, cantores e músicos tiraram fotos com a plateia. Mergulhamos num maravilhoso mundo de tradição e requintada música clássica, onde descobrimos o lado tradicional e mais bonito de Viena. Uma noite inesquecível !!!
Depois do concerto, fomos caminhar pela cidade. No caminho até o metrô, passamos por diversas atrações, como Hofburg e a Catedral de Santo Estevão, passeamos pelas ruas iluminadas da cidade e, por último, fizemos um lanche rápido antes de pegarmos o metrô para voltar para o hotel.
Roteiro do dia
Veja também:
Dicas e informações
Informações
- O nome “Belvedere” foi dado ao palácio por Maria Teresa da Áustria, que comprou o edifício dos herdeiros do príncipe Eugénio de Saboia, e significa “Bela Vista”, em italiano.
- Se você não tem muito tempo na cidade, é muito mais interessante visitar os Palácios Hofburg e Schönbrunn. O Palácio Belvedere é interessante para ver por fora e passear em seus jardins, mas seu interior não é muito palaciano.
- A fonte na Schuwarzenbergplatz lembra o suprimento de água de Viena a partir de fontes provenientes das colinas.
- Durante a epidemia da peste de 1713, o Imperador Carlos VI prometeu ao povo que, quando a cidade ficasse livre da doença, construiria um templo dedicado à São Carlos Borromeu, padroeiro da luta contra a peste.
- A Ópera Estatal de Viena, inaugurada em 1869 com uma apresentação de uma obra de Mozart, é uma casa/companhia de ópera com uma grande história desde o século XIX. Os membros da Orquestra Filarmônica de Viena são recrutados dessa orquestra.
- A temporada nobre de óperas e concertos vai de setembro a meados de junho em endereços famosos como: Ópera Estatal de Viena, Volksoper e Theater an der Wien, e também as salas de concerto Konzerthaus e o Musikverein. Para conseguir um lugar sentado pelo preço de bilheteria é preciso comprar com antecedência.
Serviços
- Palácio Belvedere
- Trem (ÖBB): EUR 4,60 euros
- A entrada nos jardins do palácio é gratuita.
- Site: https://www.belvedere.at/en/ (em inglês)
- Igreja de São Carlos
- Ingresso: EUR 8 euros
- Ópera de Viena
- Ingresso: EUR 9 euros
- Site: wiener-staatsoper.at
- Concerto no Palais Schönborn
- Ingresso: EUR 44 euros
- Sites: baroque-classic.com / classical-concerts.at
- Apresentação: Wiener Barock Orchester
- W. A. Mozart — „Eine kleine Nachtmusik”
- A. Vivaldi — „Sommer”
- W. A. Mozart — „La cidarem la mano”
- J. Massenet — „Meditation”
- G. Puccini — „O mio babbino caro”
- G. Verdi — „La Donna e mobile”
- E. Grieg — „Anitras Tanz”
- == Pause ==
- V. Monti — „Cardasz”
- I. Albeniz — „Asturias”
- J. Strauß — „Wiener Blut”
- G. Verdi — „Brindisi”
- J. Strauß — „An der schönen blauen Donau”