O Parque Nacional da Tijuca é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada na cidade do Rio de Janeiro.
Parque Nacional da Tijuca – pelas montanhas do Maciço da Tijuca
Histórico do Parque Nacional da Tijuca
Coberta de Mata Atlântica no período colonial, a área do Parque foi utilizada primeiramente para a extração da madeira, para lavouras, como a de cana-de-açúcar e, depois, do café. O desmatamento de grandes extensões causou uma forte seca, o que levou o Império a desapropriar terras altas próximas às nascentes com o objetivo de conservá-las.
A partir de 1861 foi inciado o plantio de mais de 100.000 mudas de árvores. Esse reflorestamento, aliado à regeneração natural da floresta, deu origem à uma nova cobertura vegetal que integrou remanescentes da Mata Atlântica e protegeu as terras das encostas e os mananciais de água. Em 1961, as Florestas Protetoras da União transformaram-se no Parque Nacional do Rio de Janeiro. Em 1967, o Parque ganhou o nome de Parque Nacional da Tijuca, e em 2004, após uma ampliação, chegou a seu formato atual. No ano de 2007, o Parque Nacional da Tijuca e todas as outras unidades de conservação federais passaram à responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio.
Características Gerais
O Parque é um importante fragmento de Mata Atlântica coberto predominantemente por Floresta Ombrófila Densa Secundária em avançado estado de regeneração. Possui 3.953 hectares, que corresponde a cerca de 3,5% da área do município do Rio de Janeiro. Está compartimentado em quatro setores: Floresta da Tijuca, Serra da Carioca, Pedra Bonita/Pedra da Gávea e Serra dos Pretos Forros/Covanca. Apresenta fauna e flora diversificada, grutas, cachoeiras, mirantes e abriga ainda obras arquitetônicas de grande valor histórico e artístico, como o Cristo Redentor, o maior monumento em estilo Art Decó do mundo.
Fauna
Os remanescentes florestais do Rio de Janeiro são de grande importância biológica para a Mata Atlântica, um dos cinco hotspots da biodiversidade no mundo. Comparada a dos demais biomas brasileiros, a fauna da Mata Atlântica encontra-se sob séria ameaça, principalmente pela forte pressão do homem. Apesar disso, o Parque conta com mamíferos (macaco-prego, quati, tatu, cachorro-do-mato, caxinguelê, etc.), aves (gavião, saíra, tangará, etc.), répteis (jararaca, caninana, teiú, etc.) e grande diversidade de anfíbios e insetos (borboletas, escaravelhos, vaga-lumes).
Flora
Juntamente com a regeneração natural, a flora do Parque foi recuperada após os ciclos econômicos de extração de madeira e monocultura. O reflorestamento começou em 1861, por ordem do Imperador D. Pedro II, passando por plantios em épocas em que ainda não havia a compreensão da importância de conservar os ecossistemas originais de cada local. Assim, misturadas às árvores nativas, como murici, ipê-amarelo, angico, urucurana, jequitibá, araribá, cedro, ingá, camboatá, palmito, brejaúba e quaresmeiras, foram introduzidas espécies de outros continentes, como a jaqueira. Além das árvores, o Parque conta com grande diversidade de líquens, musgos, orquídeas, bromélias, cipós e outras plantas da Mata Atlântica.
Lazer e Práticas Esportivas
No Parque Nacional da Tijuca, além das belíssimas visões panorâmicas de seus mirantes, consegue-se desfrutar o silêncio, a calma, o ar puro, a temperatura amena e o ambiente inspirador da floresta tropical. Caminhadas em trilhas, banhos de cachoeira, passeios de bicicleta e piqueniques são algumas das atividades permitidas. Através de caminhadas moderadas, descortinam-se soberbas vistas na Pedra Bonita (524m), Bico do Papagaio (987m) e Pico da Tijuca (1.021m). Com caminhada um pouco mais árdua, aprecia-se a vista do alto da Pedra da Gávea (842m).
Trilhas e Sinalização
O visitante que quiser circundar todo o Parque Nacional da Tijuca e conhecer seus principais pontos turísticos necessitará, no mínimo, de dois dias. Nas principais trilhas do Parque, o visitante irá encontrar sinalização. As setas vermelhas indicam o Circuito do Vale Histórico. As setas amarelas indicam o Circuito dos Picos e uma pegada sinaliza a Transcarioca. Existem diversas opções de percurso, onde poderão ser conhecidos os setores:
- Serra da Carioca (Vista Chinesa, Mesa do Imperador, Corcovado, Paineiras, Mirante Dona Marta)
- Floresta da Tijuca (Cascatinha, Grutas, Pico da Tijuca, etc.)
- Pedra da Gávea/Pedra Bonita (rampa de voo livre)
- Serra dos Pretos Forros/Covanca (é uma zona de recuperação e ainda não apresenta estrutura para visitação)
Galeria de Fotos
Dicas e Informações
Informações
- O Parque possui dois Centros de Visitantes: um no setor Floresta, com destaque para uma biblioteca aberta ao público, e outro no setor Serra da Carioca, onde está a exposição permanente Floresta Protetora. O Parque oferece visitas guiadas saindo do centro de visitantes, bem como sanitários e várias áreas de lazer, como a Cascatinha, o Bom Retiro, o Largo da Capela Mayrink e o Açude da Solidão.
- O Parque é acessível por meio de transporte, com o horário de funcionamento de 8:00 às 17:00 hs, diariamente, inclusive em feriados.
- A estátua do Cristo Redentor fica no Morro do Corcovado, que está dentro do Parque. Para visitar o Cristo, o horário é das 8:00 às 19:00 hs e há 3 maneiras de fazer a subida até o Corcovado:
- Condutores de visitantes: parquenacionaldatijuca.rio
- Trem do Corcovado: tremdocorcovado.rio
- Vans do Corcovado: paineirascorcovado.com.br
- Algumas regras e cuidados na visitação ao Parque:
- Utilize as trilhas oficiais e abertas ao público pelo Parque. Não faça atalhos e nem utilize os que são irregularmente criados. Eles provocam erosão, acidentes e podem fazer você se perder;
- Não jogue lixo no chão. Deposite o lixo em local apropriado ou leve-o para fora do Parque;
- Não use fogo. Ele oferece perigo e pode provocar destruição;
- O visitante pode tomar banho de cachoeira apenas em alguns locais como, por exemplo, na Cachoeira do Horto e no poço da Cachoeira da Cascatinha;
- Não é permitido o pernoite e o acampamento no Parque.