As riquezas do Museu do Louvre estão atualmente conservadas num conjunto de 3 impressionantes edifícios, as alas Sully, Denon e Richelieu, que deram a este museu o título de “Maior Museu do Mundo”.
Um pouquinho de sua história
As riquezas do Louvre estão atualmente conservadas num conjunto de impressionantes edifícios, que lhe deram o título de “Maior Museu do Mundo”. Um monumento moldado ao longo de oito séculos de histórias, por vezes trágicas, que se uniu estreitamente à da França e à dos seus soberanos.
Uma Fortaleza Medieval
A história da arquitetura do Louvre começa no final do século XII. Foi quando Filipe Augusto (1165-1223) mandou construir o que hoje é a Cour Carrée, que foi destinada à proteger Paris dos eventuais ataques do inimigo inglês. Ergueu-se num lugar chamado “Lupara”, daqui provém a palavra Louvre.
Do Palácio ao Museu
O museu abriu oficialmente as suas portas no tumulto da Revolução Francesa, em 10 de agosto de 1793. Nesta época já fora chamado de “Museu Central das Artes“. Ao longo dos anos seguintes juntaram-se obras saqueadas nos Países Baixos, na Itália e na Alemanha durante as guerras napoleônicas. Rebatizado “Museu Napoleão” em 1803, o Louvre, dirigido a esta altura por Vivant Denon, ofereceu uma excepcional conjunto de obras de arte em salas especialmente arranjadas para as acolher.
O Século XX
Sem deixar de serem aumentados, os edifícios sofreram remodelações interiores consideráveis. Essas remodelações tiveram por objetivo a valorização das obras de arte conservada no monumento, em número cada vez maior. O ápice das modificações foi com o projeto do Grand Louvre, lançado em 1981 pelo presidente François Mitterrand. Neste projeto a manifestação material mais espetacular foi a Pirâmide de Vidro, colocada na Praça Napoleão, absolutamente contemporânea. Foi concebida pelo arquiteto sino-americano Ieoh Ming Pei e ergue-se como a coroação de uma operação que consistiu em alterar o museu em locais anteriormente ocupados pelas administrações do governo e em arranjar os espaços para melhorar o fluxo de visitantes. A conclusão do plano do Grand Louvre se deu em 1993 com a instalação da Pirâmide Invertida. A partir de 2002, o atendimento dobrou desde a sua conclusão.
Sua arquitetura
A estrutura do Palácio do Louvre é em forma de U, composta pelas duas alas que envolvem o Cour Napoléon, ao norte e ao sul a praça do Cour Carrée. No meio está localizado a Pirâmide do Louvre, bem acima do centro dos visitantes. O museu é composto por três alas: a Ala Sully a leste, que contém a Cour Carrée e as partes mais antigas do Louvre, a Ala Richelieu ao norte, e a Ala Denon, que faz fronteira com o Rio Sena para o sul.
O Louvre iniciou em 2004 um programa de expansão extra-muros, a fim de aliviar o excesso de obras depositadas no complexo principal, abrindo então alguns museus-satélite. As cidades escolhidas foram Lens, para onde está prevista a instalação de cerca de 600 obras, e Abu Dhabi, no Emirados Árabes. Esta foi escolhida em 2007 e a previsão de inauguração é 2016, em troca de 1300 milhões de dólares americanos, recebendo de 200 a 300 obras de arte do Louvre e de outros museus franceses em caráter rotativo.
Planejando sua visita ao Louvre
O Museu do Louvre é imenso e por isso é importante se planejar antes de iniciar a visitação. O ideal é, antes de ir, fazer uma lista de todas as obras que deseja ver e preparar seu itinerário. Nós ficamos 12 horas dentro do museu, mas em nosso planejamento deixamos 1 dia inteiro dedicado à esta visita. Pensando nas pessoas que estão em Paris por poucos dias e não podem dedicar esse tempo todo, selecionamos as obras que achamos mais interessantes e também algumas famosas que não podem deixar de ser visitadas.
Na nossa visitação, conseguimos apreciar muitas coisas das 3 alas do museu. A nossa sorte é que nossa filha também gosta dessas descobertas o que ajudou bastante, porque ficar 12 horas lá dentro com uma criança de 4 anos tem que ter muita imaginação.
No site oficial do Louvre existem mais de 40 opções de itinerário, desde 1:30h até dias de visitação. Reza a lenda que para conhecer todo o museu, é necessário 1 ano de visitas diárias. Por isso, não se preocupe em tentar ver tudo numa única visita.
O Museu é muito bom no que diz respeito à acessibilidade. Casais com crianças que necessitam de carrinho podem ficar despreocupados. Todas as áreas são acessíveis com carrinho e também cadeiras de rodas. Possui uma boa estrutura de elevadores, banheiros com trocadores infantis e espaço família. Tem vários cafés espalhados em muitas partes do museu. Dá para fazer aquela parada e tomar uma água ou café. Também oferece bons restaurantes com muitas opções de cardápio. Para quem curte museu como nós, esses itens são fundamentais.
História do Louvre e Louvre Medieval
Antiguidades Orientais
A história desse departamento confunde-se com a das descobertas arqueológicas efetuadas pelos franceses em países do Próximo e do Médio Oriente. As primeiras explorações foram conduzidas por diplomatas em serviço no que era na altura o poderoso e vasto Império Otomano. Encontrar os traços dos povos mencionados na Bíblia era um dos sonhos mais desejados. Após a Primeira Guerra Mundial (e a queda do Império Otomano), as equipes de arqueólogos franceses continuaram a trabalhar no terreno. Claude Schaeffer descobre, a partir de 1929, Ras Shamra, a antiga Ugarit; enquanto que André Parrot descobre, em 1993, a antiga Mari. Os conservadores do departamento continuam atualmente os seus trabalhos de cooperação com as autoridades locais e as descobertas já não deixam o seu país de origem.
Antiguidades Egípcias
Quem não teve a oportunidade de apreciar as margens do Nilo pode consolar-se perfeitamente visitando as salas dedicadas ao Egito, onde estão muitos tesouros dessa época. Com mais de 50 mil obras, este departamento passou por uma grande reorganização em 1997. Mais de quatro mil anos de civilização são contados aos visitantes através de uma museografia inteiramente repensada. São abordados temas essenciais à compreensão do pensamento e do universo egípcios (como a escrita, o túmulo, o templo, os deuses); juntamente com grandes obras-primas que fizeram a reputação do Louvre.
Além das aquisições, as doações excepcionais continuam a enriquecer as coleções do museu. Dentre elas a Efígie Colossal de Amenófis IV, oferecida como agradecimento pelo esforço francês no salvamento da Núbia.
De fato, essa ala é monumental, rica e impressionante. Impossível não passar por ela.
Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas
O departamento mais antigo do museu. Projetado desde o nascimento do Louvre, o qual chamamos de “Museu das Antiguidades”. Reunidos em torno das antigas coleções reais, os saques revolucionários e os saques da guerra de Bonaparte na Itália aumentaram sensivelmente o número de obras greco-romanas. Em 1807, a compra da coleção dos príncipes Borghese por Napoleão I (que conta com mais de 500 mármores) coloca o Louvre em primeiro lugar nos museus de antiguidades do mundo.
Arte do Islã
O departamento é relativamente novo, criado em 2003, sendo o oitavo do Louvre. Marcou o final de uma longa história iniciada na segunda metade do século XIX, na época em que despertava nos museus um vivo interesse pela arte dos países muçulmanos. Com mais de 10 mil peças que contém a arte islâmica, apenas 1.300 são expostas.
Artes da Ásia, África, Oceania e das Américas
Em 13 de abril de 2000, cerca de 120 obras de África, da Ásia, da Oceania e das Américas entraram no Louvre para encher as salas do Pavilhão das Sessões. É um percurso lógico que convida o visitante; começando pela África, depois abordando a Ásia e a Oceania, para caminhar em seguida da Ilha de Páscoa para a América do Sul, antes de terminar pelo Ártico.
Objetos de Arte
Quando o Louvre abriu aos visitantes com o nome de Museu Central das Artes, após a queda do Antigo Regime, a Grande Galeria apresentava ao público, além das pinturas e esculturas, vasos e obras antigas e diversos objetos preciosos. Um outro conjunto prestigioso ali se juntou em 1796. Foi neste ano que o antigo Guarda-Móveis da Coroa cedeu, entre muitos outros objetos raros, jóias da monarquia, a maior parte dos vasos em pedra reunidos por Luis XIV. Bem como os bronzes, precioso conjunto que constituiu em seguida o núcleo da coleção de bronzes da Renascença do Louvre. A qualidade desses objetos, assim como a sua raridade, incitavam naturalmente a completar o fundo de peças excepcionais.
Esculturas
Apresenta obras europeias da Alta Idade Média a primeira metade do século XIX. As obras francesas formam um conjunto único no mundo. As esculturas estão organizadas na ala Richelieu desde 1993, em redor de dois pátios que articulam espetacularmente o percurso. O pátio Marly e o pátio Puget, consagrados às esculturas e ar livre, devem seu nome à uma parte dos conjuntos provenientes do parque Marly e as obras-primas de Puget.
Pinturas e Artes Gráficas
A ala mais universalmente conhecida do Museu do Louvre. Com sua principal pintura, a Gioconda (Monalisa), que foi comprada por Francisco I ao ainda vivo Leonardo da Vinci. Essa joia faz parte do conjunto de obras-primas adquiridos no início do século XVI. Enriquecidas pelos reis seguintes, tornada bens da nação sob a Revolução, estas coleções constituíram finalmente o fundo do que se tornou o departamento das Pinturas do Louvre. Cerca de dois terços dos quadros conservados no Louvre pertencem à escola francesa; seguida pelas escolas italianas e flamengas, o que é explicado naturalmente pela história da arte e pela proximidade geográfica. Desde 1794, o departamento das Pinturas apresenta atualmente todas as facetas da cultura artísticas europeia.
O que fizemos
Ala Sully
Nós começamos pela Ala Sully passando pela História do Louvre. Nas Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas, vimos a Vênus de Milo, Alexandre O Grande, Hércules, Diana, Apolo, Atena, entre outros. Entramos no Louvre Medieval onde conhecemos as fundações originais do palácio. Chegamos à entrada das Antiguidades Egípcias e lembro bem de uma cena; diversas pessoas se apertando para tirar foto de uma bela esfinge e ao lado uma placa: “Cuidado com os batedores de carteira”. Neste departamento vimos uma sala com miniaturas egípcias, vários hieróglifos, o Sarcófago de Osíris, o Sarcófago de Memphis, tumbas que dava até para entrar e diversos animais mumificados.
Ala Denon
Já na Ala Denon, chegamos na seção das Esculturas Italianas. Passamos pelas esculturas das 4 estações e as esculturas com aquarelas. Na Salle du Manège havia uma coleção de esculturas italianas e francesas, mas o que chamou a atenção foram as pilastras desta sala que eram belíssimas. Chegamos à Galeria de Apollo. Simplesmente magnífica, com seus tetos abobadados e decorações pintadas que pareciam em 3D. Dentre elas as representações de todos os signos do zodíaco, os reis da França, entre outras. No centro, mesas douradas com peças em ouro, prata e cristal. Esta foi a primeira Galeria Real de Louis XIV, que serviu de modelo para o Salão dos Espelhos do Palácio de Versailles. Espetacular !!!!
Na Sala de Napoleão lembro do teto que parecia um quadro de tão perfeito. Nas Salas das Pinturas Italianas vimos São Francisco de Assis, São Sebastião, São João Baptista, a Coroação de Napoleão, entre outros. Chegamos então na sala tão esperada, onde encontra-se a Mona Lisa, a Gioconda, a mais notável e conhecida obra de Leonardo da Vinci. Vou ser sincero: não achei nada demais. Aquele bando de gente se apinhando para tirar foto desta famosa “pequena” pintura enquanto que do outro lado, na mesma sala, tinha a Bodas de Caná. Esta pintura, que ocupava toda a parede, relata uma passagem bíblica do Evangelho de João sobre a transformação da água em vinho, e que é considerado como o primeiro dos milagres de Jesus. Em seguida, paramos para comprar algumas lembranças e aproveitamos para fazer um lanche num café próximo ao quiosque.
Ala Richelieu
Entramos na Ala Richelieu, na parte das Esculturas Francesas, e ficamos surpresos com a beleza da arte ali exposta. Chegamos aos Apartamentos de Napoleão III e na entrada tinha um trono com a letra “N” e uma tapeçaria de 1856. Todas as tapeçarias deste setor eram incríveis. Já era noite quando chegamos nas Salas da Mesopotâmia. Tudo era grandioso, principalmente a entrada das salas com suas estátuas assírias. Num pátio próximo haviam vários alunos tendo aula de pintura. Bastante inspirador !!!
Como chegamos
Endereço: Louvre, 75058 Paris – França
Telefone: + 33 (0) 1 40 20 53 17
Pegamos o metrô na estação Bir-Hakeim, próxima do hotel. Descemos na estação Palais Royal/Musée du Louvre que deixa na entrada subterrânea do museu. Atravessamos o centro comercial Carrossel do Louvre e chegamos na Pirâmide Invertida, abaixo da Grande Pirâmide. Aí fica a bilheteria do museu. Você verá 3 entradas e 3 escadas rolantes que vão dar acesso às 3 alas do museu: Denon, Sully e Richelieu. Chegamos por volta das 9:30hs e saímos às 21:30hs.
Existem outros acessos:
- Acesso da Pirâmide e Carrousel Gallery: aberto diariamente, exceto terças-feiras de 09:00-19:30 e até as 22h nas quartas e sextas-feiras.
- Richelieu Passage: aberto todos os dias exceto às terças-feiras 09:00-17:30 e até às 18:30 às quartas e sextas-feiras.
- Lions Gate: devido a restrições técnicas, este acesso está fechado (dados de março/2016)
Onde comprar o ticket e horário de funcionamento
- Bilheterias do Museu – Pode-se comprar nas bilheterias diretamente no museu. Se você tiver pouco tempo, aconselhamos comprar pela Internet antecipadamente, pois as filas são muito grandes.
- Pela internet – clique aqui
- Paris Museum Pass – Além da economia e da comodidade de uso de transportes, você dispensa as filas das bilheterias em todas as atrações onde este é aceito (que são muitas). Só será necessário enfrentar fila nos lugares onde há controle de raio-X (Sainte-Chapelle e Versailles) ou onde a entrada é controlada e, por isso, lenta (Torre de Notre-Dame).
Sobre o Paris Museum Pass, você pode adquirir ele nos aeroportos, estações de trem e metrô. Nós compramos o nosso logo que chegamos no aeroporto. Existem várias opções, 2,4 e 6 dias para maiores informações sobre o pass, acesse aqui.
Horário de Funcionamento
- Aberto diariamente das 9h às 18h, exceto terça-feira – (Salas fechadas das 17h30.)
- Aberto à noite até 21:45 quarta-feira e sexta-feira – (Salas fechadas a partir de 21:30.)
Todo primeiro domingo do mês de outubro a março, a entrada para o Louvre é gratuito para todos os visitantes.
AVISO IMPORTANTE:
Após os ataques terroristas em Paris (na noite de sexta-feira 13 e sábado 14 de novembro de 2015), para garantir a segurança dos visitantes, o Louvre está tomando as seguintes medidas preventivas:
O Museu do Louvre está funcionando em condições normais. Recomenda-se para não vir ao museu com sacolas, mochilas e malas. As malas grandes estão proibidas, em todos os casos. Somente as bagagens que não excedam o tamanho máximo de 55 cm x 35 cm x 20 cm são permitidas e devem ser enviadas para o almoxarifado depois de passar pelo controle.
Caso ocorra um incidente, orientamos obedecer as equipes de monitoramento para sair da zona de perigo até a chegada da polícia.
Veja também:
Quero que saibam da enorme satisfação que tive ao ler seus relatos sobre o Museu-Louvre. Sinto-me frustrado por ter estado tão perto e não tive tempo necessário para visita-lo. Agradeço muito pelas suas informações e fotos, talvez volte a Paris e com certeza será a primeira de todos as opções de visita. Grande abraço.
Que bom que tenha gostado Arnaldo! Se um dia voltarmos a Paris iremos de novo com certeza! É um lugar para se ir sempre!!! Obrigado por contribuir em nosso blog!
Grande abraço
Elisabete e João
Eu que agradeço a vcs. pelos comentários referente ao Museu-Louvre. Abraços.