O Museu Nacional Húngaro abrange em suas galerias a história da Hungria, da época medieval à ocupação soviética após a Segunda Guerra Mundial, finalizando com a época atual.
4º dia: Museu Nacional Húngaro, Praça dos Heróis e Castelo Vajdahunyad
Num dia que amanheceu muito nublado, e até um pouco chuvoso, decidimos visitar um dos museus mais interessantes de Budapeste: o Museu Nacional Húngaro (Magyar Nemzeti Múzeum), que fica a 100 metros do hotel em que estávamos hospedados.
Museu Nacional Húngaro – Fachada
O edifício do museu é um dos palácios classicistas mais bonitos da Hungria. Sua fachada apresenta enormes colunas que dão ao edifício a aparência de um templo romano.
Museu Nacional Húngaro – Exposições Permanentes
Este museu, fundado em 1802, abriga o acervo de obras de arte, objetos, fotografias e documentos relacionados com a história do país. A exposição permanente é dividida em 6 partes. O Manto da Coroação exibe o manto de coroação dos reis húngaros de 1031. Na Fronteira do Leste e Oeste exibe a história dos povos da terra húngara entre 400.000 a.C. e 804 d.C. A História da Hungria – Parte I mostra a história medieval da Hungria, da Fundação do Estado até 1703 e a História da Hungria – Parte II mostra a história mais recente, de 1703 a 1990.
Em O Tesouso de Seuso – A Luz da Panômia é possível admirar um dos tesouros mais significativos do falecido imperador romano. E, por fim, no Lapidário Romano está representado o armazém romano de pedra, com lápides, sarcófagos, dentre outros monumentos de pedra da rica coleção do museu.
Alguns dos objetos de maior interesse são o manto de coroação dos Reis da Hungria, a figura de um cervo dourado feita a mão no século VI a.C. e uma coroa funerária do século XIII, dentre muitas outras relíquias. No sótão do edifício está exposto o Lapidário Romano.
Praça dos Heróis
Saímos do museu e, como nossa próxima atração ficava um pouco mais distante, resolvemos ir de metrô. Caminhamos até a estação Deák Ferenc tér, e lá pegamos o metrô até a estação Hősök tere (7 estações, direção Mexicói út, linha 1 amarela). Logo que saímos da estação, vimos a belíssima Praça dos Heróis (Hősök tere), com seus monumentos magníficos e ladeada por dois prédios belíssimos e imponentes: a Galeria das Artes e o Museu de Belas Artes.
O conjunto de estátuas desta praça é chamada de Memorial do Milênio, e foi construído entre 1896 e 1929 para comemorar o milésimo ano de fundação da Hungria. Nele estão representados os chefes das sete tribos magiares que deram origem ao país, além de reis e nobres que dedicaram suas vidas pela liberdade e independência nacional. No centro da praça, há uma coluna com a imagem do arcanjo Gabriel no topo. Na mão direita, ele sustenta a coroa enviada pelo Papa à Santo Estevão, o primeiro rei da Hungria. Na outra mão, a cruz de duas hastes lembra a obstinação do imperador em converter todo o país ao cristianismo.
Castelo Vajdahunyad
Localizado atrás da Praça dos Heróis, está o Parque da Cidade (Városliget), conhecido como um dos primeiros parques públicos do mundo. Aqui encontra-se o Jardim Zoológico, fundado em 1866, o Circo, o Parque de Diversões e o pitoresco Castelo Vajdahunyad (Vajdahunyad vára).
Parecendo sair de um conto de fadas, este castelo foi construído para as celebrações do milênio em 1896, com o objetivo de representar os vários estilos da arquitetura húngara. As suas diferentes partes de estilo românico, gótico, renascentista e barroco, todas elas são cópias de castelos, igrejas ou mosteiros realmente existentes.
Diversas estátuas estão distribuídas pelos jardins do castelo, mas a mais procurada é a estátua do cronista Anonymus, que viveu no século XII e tem a sua verdadeira identidade desconhecida. Trata-se de um monge que foi autor do primeiro livro de história da Hungria, o Gesta Hungarorun.
Termas de Széchenyi
Ainda dentro do Parque da Cidade, passamos pelas Termas de Széchenyi (Széchenyi Gyógyfürdő és Uszoda), um complexo imponente composto de 21 piscinas de água termal.
Para regressar ao centro da cidade, pegamos o metrô na mesma estação que chegamos. Esta linha de metrô faz parte da história da cidade. Construída em 1896, esta linha foi escondida debaixo da terra para não quebrar a harmonia e beleza da Avenida Andrássy. Foi o primeiro metrô da Europa continental e atualmente faz parte do Patrimônio da Humanidade. Após algumas estações, descemos perto da Rua Váci onde fomos no Paul’s Bistro para um almoço característico desta viagem: schnitzel com fritas. Depois do almoço, passamos pelo Grande Mercado Central só para variar um pouco.
À noite, saímos para passear pela Rua Váci. Paramos no Pink Cadillac California para um pizza e depois retornamos para o hotel pela orla do Rio Danúbio, como sempre rendendo belíssimas fotos.
Roteiro do dia
Veja também:
Dicas e informações
Informações
- O Museu Nacional Húngaro, fundado em 1802, deve sua existência ao conde Ferenc Széchenyi que doou à nação sua grande coleção de moedas, livros e documentos.
- A Praça dos Heróis era o local onde as manifestações comunistas eram realizadas. Abaixo segue a lista dos personagens da história húngara representados no Memorial do Milênio (Referência: Wikipédia):
- Coluna esquerda (da esquerda para a direita): Szent István király (Santo Estevão I da Hungria), Szent László (São Ladislau I da Hungria), Könyves Kálmán (Colomano da Hungria), András II (André II da Hungria), Béla IV (Bela IV da Hungria), Károly Róbert (Carlos I da Hungria) e Nagy Lajos (Luís I da Hungria – O Grande).
- Coluna direita (da esquerda para a direita): Hunyadi János (João Corvino), Hunyadi Mátyás (Matias I da Hungria), Bocskai István (Estevão Bocskai), Bethlen Gábor (Gabriel Bethlen), Tökölli Imre (Imre Thököly), Rákóczi Ferenc II (Francisco Rákóczi II) e Kossuth Lajos (Lajos Kossuth).
- Na coluna central: Arcanjo Gabriel, no alto do pilar, e ao redor estão os sete chefes tribais húngaros: Árpád, Előd, Tas, Huba, Töhötöm, Kond e Ond.
- O nome “Vajdahunyad” vem do modelo da fachada principal: um castelo medieval que se encontra na Transilvânia.
Serviços
- Museu Nacional Húngaro
- Ingresso: HUF 2.600 florins húngaros